Papel-jornal
Produzido com pasta mecânica (até 80% de composição),
quebradiço e de fácil descoloração, geralmente de cor parda, com baixo grau de
colagem e aspereza. Fabricado em bobinas ou em folhas avulsas, nos formatos 66
x 96 cm e 76 x 112 cm, nas gramaturas de 45, 50 e 52 g/m², é utilizado na
impressão de jornais, folhetos e avulsos baratos.
Papel “offset”
Produzido com pasta química, com 110% de celulose
branqueada, bem colado, com alta alvura, com revestimento, apto a receber a
molhagem própria do sistema offset.
É fabricado em folhas soltas, nos formatos 66 x 96 cm, 76 x
112 cm e 87 x 114 cm, nas gramaturas de 70, 75, 80, 90 g/m², e utilizado na
impressão de livros, revistas, folhetos, cartazes, etc.
Papel acetinado
Produzido com pasta química branca com revestimento, é
prensado em calandras, aparelhos compostos de pesados cilindros superpostos e
aquecidos. Esse processo lhe confere um bom índice de brilho e lisura, com bons
resultados de impressão nos sistemas tipográficos e offset.
É fabricado nos formatos 66 x 96 cm e 76 x 112 cm, nas
gramaturas de 120 a 150 g/m², e utilizado na impressão de revistas, livros,
folhetos, catálogos e avulsos similares.
Papel-bíblia
Produzido com pasta com 100% de celulose branqueada e carga
mineral, para aumentar a opacidade, é conhecido também como papel Índia. Sua
gramatura padrão é de 45 g/m². Utilizado na impressão de bíblias e livros.
Papel “bouffant” ou
“bufon”
Do francês bouffant,
particípio presente de bouffer
(torna-se cheio), também conhecido como featherweight
paper (papel peso-pluma) e bulk paper
(papel volumuso), o papel bouffant é
leve, encorpado e fofo.
Não-acetinado, quase sem calandragem, possui um acabamento
áspero.
Vendido nos formatos 66 x 96 cm, 76 x 112 cm e 87 x 114 cm,
nas gramaturas de 63 a 110 g/m², é utilizado em vasta escala na impressão de
livros.
Papel vegetal
Papel translúcido para decalques, usualmente fabricado com
pasta de sulfito muito calandrada. Possui um elevado grau de transparência e
uma gramatura que vai dos 30 aos 100 g/m².
Papel cuchê
Produzido com camada de cola e revestimento, tratado com
agentes branqueadores (substancias que conferem um tipo de fluorescência),
possui um alto grau de alvura. Fabricado nos formatos 66 x 96 cm e 76 x 112 cm,
nas gramaturas de 75 até 180 g/m², é utilizado principalmente nos sistemas de
impressão tipográfica, offset e
rotográfica, para folhetos, miolos e capas de revistas, catálogos, etc.
Papel sulfite
Produzido com pasta química branqueada, carga mineral e
acabamento com baixa aspereza, é fabricado no formato 66 x 96 cm, nas
gramaturas de 48, 54, 60, 72, 90 e 120 g/m², é utilizado na confecção de
cadernos, formulários e envelopes.
Papel “florpost”
Conhecido como segunda via. É produzido com pasta química
branqueada e acabamento de baixa aspereza, nas cores branca, azul, rosa, verde,
ouro e canário. É vendido no formato 66 x 96 cm e sua gramatura é de 30 g/m².
Papel “westerpost”
Pode ser classificado com papel apergaminhado. Tem a
particularidade de possuir seu nome impresso em transparência com marca d’água.
É vendido nos formatos 66 x 96 cm e 76 x 112 cm, nas
gramaturas de 72, 90, 94 e 120 g/m².
Papel “bond” e
“superrbond”
O papel bond era
originalmente feito com pasta de trapos e utilizado nos Estados Unidos na
impressão de títulos da dívida pública (bonds).
Essa denominação estendeu-se aos papéis de carta para
datilografia, geralmente filigranados com a marca do fabricante, bem colados,
leves e construídos de pasta de trapos, pasta química da melhor qualidade e
muito branqueada ou uma mistura de ambas.
Possui as mesmas características do papel westerpost.
O papel superbond,
produzido com pasta química branqueada, bem colado e liso nas cores azul,
verde, rosa, ouro e canário, é usado na confecção de envelopes, encartes,
talões de notas fiscais e segunda via.
É vendido no formato 66 x 96 cm, nas gramaturas de 16, 18,
20, 24 e 30 g/m².
Papel imprensa
Produzido com 70% ou mais de pasta mecânica, sem colagem ou
calandragem e com linhas d’água e vendido em folhas avulsas nos formatos 66 x
96 cm e 76 x 112 cm, ou em bobinas com gramaturas que vão desde os 45 até os 55
g/m², este papel é utilizado para a impressão de jornais e periódicos de baixo
custo.
Pape Kraft natural
Produzido com 100% de pasta química não-branqueada, de fibra
longa, é vendido na cor parda, altamente resistente, sendo utilizado
exclusivamente para sacos e embalagens.
Pape Kraft branco
Produzido com pasta química de fibra longa branqueada, é
vendido em bobinas com gramatura de 30 g/m². Analogamente ao Kraft natural,
serve para sacos e embalagens.
Papel monolúcido
Produzido com pasta química branqueada, carga mineral e
cola.
Apenas um de seus lados é prensado no cilindro monolúcido,
um único cilindro aquecido de grandes dimensões (com até mais de 5 m de
diâmetro), dotado de uma superfície especular, o que lhe confere um aspecto
mais lustroso. O outro do papel permanece áspero.
É quase sempre usado em cartazes, confecção de rótulos,
sacos e embalagens.
É vendido nos formatos 66 x 96 cm e76 x 112 cm e nas
gramaturas de 30 a 120 g/m².
Papel manilha
Papel ou cartolina muito resistente, feito de abacá ou
cânhamo de Manila (espécie de bananeira cultivada desde a Índia até as
Filipinas, de fibras extremamente rígidas e duras), ou produto que imita esse
papel, obtido da fibra da juta.
Produzido com pasta mecânica ou semiquímica, eventualmente
com mistura de aparas de papel, é usado na fabricação de fichas e embalagens,
assim como para embrulhar gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais.
É encontrado na cor natural branca, acinzentada ou em cores
tingidas. Sua gramatura vai dos 40 aos 45 g/m².
Capa de cartão
ondulado
Este cartão é constituído de uma ou mais folhas onduladas
(miolo) coladas a uma ou mais folhas planas (capa).
É utilizado para embalar mercadorias frágeis, como garrafas
de vidro.
Produzida com menos de 70% de pasta química, nos pesos acima
de 120 g/m² ou em várias camadas, a capa reveste o cartão ondulado.
Miolo de cartão
ondulado
Semelhante ao da capa, é fornecido em boninas de 120 a 150
g/m² e serve de miolo do cartão ondulado. Geralmente é feito de pasta de palha
de baixa qualidade, de cor amarelada, ou de pasta semiquímica, materiais que
conferem à onda uma resistência notável, por causa de sua rigidez.
Em cartões de melhor qualidade, a celulose utilizada é do
mesmo tipo empregado na fabricação do papel Kraft.
Cartão dúplex
Cartão constituído de duas fases, geralmente de composição
ou até de cor diferente.
Uma das fases (suporte) fabricada com pasta química
branqueada tem uma composição fibrosa e características superficiais de melhor
qualidade, com acabamento monolúcido e eventualmente revestimento em cuchê.
A outra camada (forro), geralmente de maior gramatura, é
preparada com pasta mecânica, não-branqueada ou de aparas, proporcionando um
produto mais econômico cuja gramatura vai dos 200 aos 600 g/m².
O dúplex, vendido no formato 77 x 113 cm, é utilizado na
confecção de cartuchos, caixas, pasta e similares.
Cartão tríplex
Cartão constituído de três fases: forro, miolo e verso (que
podem ter composição e até cor diferentes), o tríplex tem uso e características
similares ao dúplex. É também vendido no formato 77 x 113 cm.
Cartão Bristol
Fino, com estrutura compacta, bem calandrado, pouco áspero,
fabricado com celulose branqueada, numa camada única ou pela colagem de filhas
de papel, conforme o tipo, em número que varia de 2 a 6. Fabricado
originalmente na cidade inglesa de Bristol, é utilizado na confecção de
trabalhos que exigem u suporte de qualidade (cartões de visita, participações,
etc.). é vendido com gramaturas que vão desde 158 até 350 g/m².
Papéis para fins
especiais
São papéis dos mais variados tipos, alguns até chegando a
desafiar qualquer classificação, pois constituem uma classe à parte.
Quase todos, porém, têm algo em comum: foram criados para
atender exigências fora dos caminhos trilhados pelos papéis e, por
consequência, pelos impressos comuns.
Muitos deles são recomentados quando um papel normal,
fabricado com pasta de madeira mecânica ou química, não consegue cumprir a
tarefa que lhe foi destinada.
Características muito requisitadas, além das especificações
dos papéis comerciais, são uma maior durabilidade e resistência à umidade.
Os papéis especiais são uma opção mais barata do que as
operações de acabamento, tais como plastificação ou envernizamento.
Papéis saturados com
látex
São papéis à base de pasta de celulose, saturados com uma
solução gomosa de látex, que forma uma camada protetora sobre as fibras
proporcionando ao papel grande durabilidade e resistência à umidade e
arranchamento superficial.
Esses papéis têm um índice de pulverulência superficial
muito baixo, o que os torna suportes ideais para trabalhos executados em
ambientes de alta tecnologia, em que limpeza absoluta é um requisito normal.
Os papéis com látex são bastante utilizados na confecção de
mapas, capas de livros escolares, rótulos adesivos, etc.
Papéis sintéticos
Nos papéis sintéticos não existe pasta de madeira, portanto
não podem ser considerados papéis no verdadeiro sentido da palavra.
Dotados de ótimas características de resistência à unidade e
ao rasgo superficial, grande durabilidade e pulverulência superficial
inexistente.
Todavia, esses papéis requerem tintas especiais, manutenção
de uma umidade e de uma temperatura estáveis no processo de impressão e mais
tempo para a limpeza das máquinas e a secagem dos impressos.
Papéis metalizados
São papéis que recebem um revestimento de natureza metálica.
Em muitos casos, o pó metálico é distribuído sobre a superfície na forma de
pátina, que contém como ligante amido, caseína ou outro adesivo.
Depois de secar a cobertura, passa-se o papel na calandra
para polir sua superfície.
Os papéis metalizados são utilizados tanto para decoração
quanto para embrulhar mercadorias, especialmente gêneros alimentícios, pela sua
opacidade e impermeabilidade ao vapor da água.
Papéis auto-adesivos
São recobertos de um lado com um adesivo à base de resinas
ou gomas sintéticas, capazes de aderir imediatamente às superfícies com as
quais entram em contato.
Utilizados como etiquetas individuais ou na forma de fitas
auto-adesivas de papel Kraft de alta resistência, empregadas principalmente no
campo da embalagem.
Papéis autocopiativos
Produzem cópias duplicadas sem necessidade de intercalar
papel-carbono. A realização de cópias de manuscritos e textos datilografados é
agilizada e simplificada mediante um tratamento especial do papel, que consiste
em cobrir a superfície com uma pátina que contém inúmeras microcápsulas cheias
de um reagente incolor. O outro lado da folha é coberto por uma pátina mineral
alcalina.
Quando mais folhas são sobrepostas com seus lados orientados
na mesma direção, a pressão exercida na primeira página provoca a ruptura das
cápsulas e a reação de seu conteúdo com a pátina alcalina forma um composto
colorido.
O composto produz a cópia do sinal traçado na primeira
folha. Em inglês, esse papel é chamado NCR (No
Carbon Required / sem necessidade de carbono).
Referência bibliográfica:
BAER, Lorenzo. Produção gráfica. 6ª ed. - São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
(P. 173-178).
(P. 173-178).
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